Malandra mulambenta

Se eu te pego malandra deitando na minha cama
Eu te pego pelos cabelos, faço deles novelos
Eu te jogo na sarjeta, piso em cima, te mostro a navalha
Malandra da cara de santa, tua cara não me engana
Teu cheiro doce de mais, quando eu te pegar, não vou sentir nunca mais
Malandra sem graça, se te vejo na minha praça
Quebro tua lata com a cabaça
Teu sorriso vai morrer
Malandra sirigaita, se sujar meu lençol
Bato em ti com fio de anzol, vai marcar essa tua pele
Que tem cheiro de pano de chão
Não ande na minha estrada, não se alimente do meu pão, não beba da minha água
Se te vejo de novo cheia de graça na terra que não te pertence
Te mostrou quem eu sou, vai ser tarde pra lamurias
Pegue as ceroulas que usa em baixo da saia e limpe essa tua cara
Fuja do meu caminho
Esse seu sorrisinho
Nunca mais vou ver vingar.

Céu Elsyane


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